Viemos de uma infância e adolescência
mergulhada em uma era analógica, onde na escola eram usados como recurso o
quadro negro, giz, cadernos, lápis e borracha entre outros, esta geração analógica
ficou conhecida como “imigrantes digitais”, geração que não mexe se não
estraga, muitas vezes quando alguma nova tecnologia era lançada nós crianças
não podíamos mexer para não estragar, pois eram objetos caros e não havia
muitas pessoas que pudessem consertar, caso fossem estragados.
Hoje nos deparamos com outra realidade, às
crianças dominam muito bem as tecnólogas existentes, mexem para ver como
funciona, uma geração da era digital, conhecidos como “nativos digitais”.
Diante de muitos avanços
tecnológicos, cabe ao professor repensar suas práticas e adaptar-se a esta
realidade da educação, usando as ferramentas digitais a modo de orientar seus
alunos a utilização de forma contextualizada e colaborativa.
O professor deve pensar na
inovação de suas aulas, não apenas acreditar que levar os alunos no laboratório
e deixar que fiquem livres para que possam mexer nos computadores, é o
suficiente. Mas em propor aulas que levem os alunos a construir seus
conhecimentos usando e dominando as tecnologias.
Entendendo que o aluno é responsável
pela construção de seu conhecimento, o professor deve propor atividades que
provoque desiquilíbrio do sistema de significação do sujeito, rompendo com
paradigmas e valorizando a cultura dos alunos e seus conhecimentos prévios,
trabalhando com assuntos que realmente os interessa. Como afirma:
[...]
isso é percebido pelo sujeito que tenta adaptar o novo ao que ele já conhece,
consistindo na própria deformação do objeto, necessária para que o sujeito
possa dar significado, e, portanto aprender, conhecer. Pode ainda ocorrer que
essa tecnologia, em função de seu desenho, características, possa ser
suficientemente provocadora, de forma que o sujeito não encontre resposta no
que já conhece capaz de dar conta da apropriação do “novo”, provocando, assim,
desequilíbrios no sistema de significação do sujeito, exigindo dele novos
conhecimentos, novos paradigmas, o que pode implicar inovação. (SCHLEMMER,2006,
p. 39).
Ao utilizar as tecnologias
em sala de aula também desenvolvemos a autonomia dos alunos, a modo de leva-los
a trabalharem com pesquisas, incentivando-os a fazer reflexões sobre assuntos que
lhes interessa, não ficando condicionados a copiar e colar, mas em tornar-se
reflexivos e construtores de seus conhecimentos, utilizando os meios analógicos
e digitais que possam auxiliar nesta construção.
As inovações tecnológicas exige
do professorer novas ideias para a criação de novos conhecimentos, de forma a
tornar-se transformadores com o apoio das tecnologias, mudando os paradigmas
das aulas tradicionais, o professor precisa estar aberto a mudanças e
inovações, reestruturando suas práticas pedagógicas.
Referência:
SCHLEMMER,
Eliane. O professor e o mundo da escola: O trabalho do professor e as novas
tecnologias. Revista Textual, Porto
Alegre, v.1 n.8, p.33 – 42, set. 2006. Disponível em: https://moodle.ufrgs.br/pluginfile.php/2425153/mod_resource/content/4/SCHLEMMER_O%20trabalho%20do%20professor%20e%20as%20novas%20tecnologias.pdf
Última visualização: 17/junho/2018.
Imagem retirada do google.
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