quarta-feira, 29 de novembro de 2017

Casamento homoafetivo

          Há quatro anos no Brasil,  foi aprovada  pelo Supremo Tribunal Federal resolução N°175 de 14/05/2013, a união homoafetiva, segundo dados do IBGE, cada vez mais no Brasil vem aumentando a união entre pessoas do mesmo sexo. Muitas vezes ouço dizer que a questão dos casamentos gays é algo novo, mas acredito que não, pois a relação homoafetiva esteve sempre presente em nossa sociedade ao longo da história, percebo que  conforme o nível de aceitação social, estas relações tornavam-se públicas ou não. A homossexualidade sempre existiu, mas por muito tempo foi tratado como algo excluído, e os homossexuais vítimas de preconceito.
        Como professor entendo como é importante trabalhar com as crianças a questão da diversidade, principalmente quando o assunto é sobre gênero, pois as famílias vem se constituindo de formas  diferentes, não necessariamente por pais e mães, mas muitas como pai e pai ou mãe e mãe.
Na interdisciplina de Questões étnicos-raciais na Educação, do curso do PEAD da UFRGS, fomos convidadas a escolher alguma história de superação para produzir um curta.
        Este trabalho foi produzido em grupo, uma de nossas colegas trabalha em uma escola de educação infantil no município de Esteio e lá conheceu um casal de  mães, pois estas tem um filho adotado que frequenta a escola, então decidimos convidá-las para nos dar a entrevista, que para nossa alegria aceitaram. Foi um trabalho de grande valia e com aprendizagens significativas.
Segue o vídeo:


Referência:
ENTREVISTA SHEILA E ALICE, Nanci Bertoni, Porto Alegre 2017,Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=2LmqlnrFCsk, ultima visualização em: 29/11/2017.

   

domingo, 26 de novembro de 2017

Diálogo e curiosidade.

 Dialogicidade é uma exigência da vida humana é essencial na educação como uma prática de liberdade de diálogo, portanto segundo o autor, “Não há comunicação sem a dialogicidade e a comunicação está no núcleo do fenômeno vital.” (Paulo Freire, 2000, p.74). Pensando assim a comunicação é muito importante, principalmente nas relações humanas, pois estão presentes nas ações e reflexões, de vivências diárias, adquirindo e aprimorando conhecimentos através da curiosidade.
 Curiosidade é o que nos torna seres de pergunta, sem esse hábito não adquirimos conhecimentos, por isso é importante pensar no ambiente escolar, onde não devemos levar nossos alunos a produzirem apenas cópias através de exercícios repetitivos de conteúdos indispensáveis, característica de uma prática bancária.
 Devemos formar alunos que busquem conhecimentos através de suas curiosidades, para Freire somos seres inacabados, ou seja, sempre em uma busca constante de conhecimentos, pois sempre há em nós espaço para aprender mais, rever nossas ações, nossos hábitos e até a nossa forma de pensar.
 Sem a curiosidade epistemológica deteriora-se a prática progressista, nesta prática o professor tem um papel fundamental de desafiar o aluno para que ele desperte sua curiosidade, através do diálogo e de trocas, superando a curiosidade ingênua é que se faz a passagem do conhecimento do nível comum para o conhecimento de nível científico. 

Referência:
FREIRE, Paulo, À sombra desta mangueira. São Paulo, 2000, ed. Olho D’água.

sexta-feira, 17 de novembro de 2017

Nota Técnica 04/2014 do MEC/SECADI/DPEE

Muitas vezes pensei que aqueles alunos que apresentam algum problema, alguma dificuldade, deveria ter um laudo de um especialista, para melhor entender e auxiliar esses alunos em seu desenvolvimento,.
Em 2014, o MEC fez uma nota técnica onde faz cair a exigência de um laudo médico, muitos profissionais da área da educação acreditam que para receber um aluno com deficiência, estes precisam vir acompanhados de um laudo.
Através NOTA TÉCNICA 04/2014 do MEC/SECADI/DPEE, fica claro que os alunos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento, altas habilidades/superdotação tem direito a educação em escolas comuns do ensino regular, com qualidade em igualdade, o laudo médico não é obrigatório, mas complementar quando a escola achar necessário.
No lugar do laudo a nota traz uma possibilidade onde os clínicos que tratam da criança podem ter um diálogo com os educadores a fim de construírem juntos estratégias para ajudar as crianças que encontrem barreiras no ambiente escolar, sendo considerado um processo de ensino-aprendizagem, que leve em conta sua forma de aprender de modo que vise a socialização.

Fonte de imagem:
https://www.google.com.br/search?q=inclus%C3%A3o+sem+laudo&dcr=0&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=0ahUKEwjcxaS97MbXAhUJIJAKHX5ZAZsQ_AUICygC&biw=1366&bih=613#imgrc=A_QKSYkHG-eaXM:

terça-feira, 14 de novembro de 2017

Relações étnico- raciais na Educação Infantil.




 Na interdisciplina de Questões Étnico-raciais na Educação: Sociologia e História, no curso de PEAD da UFRGS, foi proposto que após a leitura do material:"Orientações e Ações para Educação das Relações étnicos - raciais", deveríamos desenvolver atividades de acordo com a faixa que atuamos. 
Como atualmente trabalho na Educação Infantil, com uma turma de Berçário,  escolhi como atividade trabalhar o livro “Menina Bonita do Laço de fita” na hora do conto.                                                                        Os alunos forma organizados na rodinha e então com o auxílio do livro contei a história demonstrando as gravuras, as crianças participaram demonstrando interesse,  aqueles que falam algumas palavras, acompanharam a fala do coelho “Menina bonita do laço de fita, qual é o seu segredo para ser tão pretinha?”, a cada resposta da menina as crianças se divertiam ao perceber tudo que o coelho ia fazer para ficar pretinho. Após as crianças ouvirem a história apresentamos aos pequenos uma família de bonecos negros, onde há a mamãe, papai, vovô, vovó e irmãos, as crianças exploraram e compartilharam esses bonecos uns com os outros, desta forma os alunos socializaram as relações étnico-raciais através do lúdico.

"É com o outro, pelos gestos, pelas palavras, pelos toques e olhares que a criança construirá sua identidade e será capaz de representar o mundo atribuindo significados a tudo que a cerca. Seus conceitos e valores sobre a vida, o belo, o bom, o mal, o feio, entre outras coisas, começam a se construir nesse período."                                                                                                                      (Orientações e Ações para Educação das Relações Étnico-Raciais, Brasília, 2006, pg 31).
                    
Ao realizar a leitura do texto proposto pela interdisciplinar, no capítulo “sugestões de atividades”, identifiquei algumas que também já realizei com meus alunos, quando trabalhei o projeto identidade, na sala ficou exposto um espelho na altura das crianças onde poderiam ter acesso ao momento que quisessem, muitos olhavam-se por diversas vezes no dia, tocando em seu cabelo, verificando sua aparência. Outra atividade que destaco foi um baile de carnaval realizado com a turma, em uma caixa trouxe diversas fantasias, cada um escolheu a sua e após todos estarem prontos, dançamos ao som de marchinhas de carnaval.
Entendendo que a Educação Infantil tem um papel social de atender as necessidades das crianças constituindo-se um espaço de socialização, de convivência entre iguais e diferentes e suas formas de pertencimento como espaço de cuidar e educar, permitindo levar as crianças a explorarem o mundo através de novas vivências e experiências, utilizando de diferentes recursos como na contação de histórias e através de jogos e brincadeiras.

Fotos das atividades.
1)Hora do Conto: “Menina bonita do laço de fita”.
  
 

2) atividade “Projeto Identidade”, utilizando o espelho.

 
3) Baile de Carnaval.


                         



 Referências:

MACHADO, Ana Maria, Menina bonita do laço de fita, São Paulo, Ed. Ática.

Ministério da Educação/ Secretaria da Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade, “Orientações e Ações para Educação das Relações Étnico-Raciais”, Brasília, SECAD, 2006.

sábado, 4 de novembro de 2017

Educação e as necessidades especiais.

A educação inclusiva é um movimento amplo, onde não se restringe apenas a inserção de pessoas com deficiência no ensino regular, mas requer uma nova organização da escola que considera a diferença de todos, sendo esta uma instituição que aprende com as diferenças e se preocupa em oferecer o melhor do ensino reconhecendo o aluno como sendo capaz de aprender.                                             
              Muitas vezes quando nos deparamos com alunos portadores de deficiência dentro de nossa escola, não sabemos como agir, acreditando que não estamos preparados para atendê-los da forma que merecem a conduta do professor também pode excluir a pessoa com deficiência do sistema educacional geral.
            Desenvolvemos muitos preconceitos, principalmente quando associamos a deficiência com a capacidade de aprender, classificando-os como coitadinhos não sendo capazes de se desenvolverem como os outros, mas devemos entender que o aluno não é marcado e definido por uma categorização, a convivência com os alunos é o melhor caminho para que o outro seja reconhecido na medida em que se constrói esta relação em professor e aluno. A escola se prepara para receber todos os alunos, conhecendo-os diretamente em suas diferenças no cotidiano escolar.
             Acredito que nós professores devemos tratar todos os alunos da mesma forma independente de sua deficiência, devemos procurar entender as necessidades destes alunos, para melhor atende-los, procurando não excluir estes, tratando-os de forma diferente dos demais, mas sim os incluir em todas as atividades respeitando suas limitações.

Referência:
AMARAL, Lígia Assumpção. Sobre crocodilos e avestruzes: falando de diferenças físicas, preconceitos e sua superação. Diferenças e Preconceito na escola alternativas teóricas e práticas/ Coordenação de Júlio Groppa Aquino.- São Paulo: Summus 1988, (vários autores).
Disponível:https://moodle.ufrgs.br/pluginfile.php/2185271/mod_resource/content/1/4.%20Sobre%20crocodilos%20e%20avestruzes.pdf. Último acesso em 04/11/2017.
  Imagem retirada do google: http://ipodine.pt/educacao-especial-e-inclusao-duas-faces-de-uma-mesma-moeda/#prettyPhoto/0/