Os
corpos que fogem desse padrão não são falados, mostrados ou apresentados.
Figuram as ausências infantis, sendo chamados os “outros da infância”. A
infância “soft” não é a única para todos que passam por essa fase da vida, há
outras infâncias escondidas que são imagem de corpos não padronizados para a
sociedade, maneiras de ser, de agir e portar-se regulando e normalizando
condutas, pode haver um descarte do que se difere “modelos normais”.
Segundo
o texto de Cunha e Borges o corpo não é apenas criado pela genética, mas sim
como uma construção cultural e destinado por carregar consigo marcas dessa
cultura, um corpo que escapa moldável, maleável recheado de linguagens e
expressões não estática, única e homogênea.