sábado, 9 de dezembro de 2017

Método Clínico

Piaget foi auxiliar de pesquisa no Instituto Binet, local onde se trabalhava com escalas para avaliar o quociente intelectual (Q.I), sua tarefa era de aplicar questões para crianças e anotar os acertos e os erros, este material servia de base para a construção de tabelas de uma versão para crianças em teste. Piaget ficou curioso com as repostas dadas pelas crianças e percebeu que crianças de uma mesma faixa etária erravam as mesmas questões. Ao questionar as crianças, constatou que eles ao explicarem seus erros, as respostas eram semelhantes entre si, a partir das característica de seguir o pensamento da criança a partir de suas próprias respostas serviria de base para a construção do método clínico que caracterizou sua metodologia de pesquisa.
O método clínico é um procedimento que visa conhecer as diferentes características do pensamento infantil, investigar como as crianças pensam, agem, percebem, sentem, e constroem suas representações da realidade que a cerca, da forma como o sujeito assimila e acomoda as informações que constrói seu conhecimento, em diferentes idades, avalia o raciocínio e não o que está certo ou errado. 
A diferença do método clínico de outros métodos é a intervenção sistemática do experimentador, diante da situação do sujeito e como resposta suas ações e explicações. A interação do experimentador deve ser flexível e sensível ao que o sujeito está fazendo ou respondendo. 
Na interdisciplina de Desenvolvimento sob o enfoque da psicologia II, fomos convidadas a elaborar uma atividade de aplicação do método clínico, confesso que não é muito fácil de aplicar mas o resultado nos auxilia em avaliar a forma como o aluno constrói seus conhecimentos, nos auxiliando a preparar atividades para atender aos alunos, conforme sua estrutura de pensamento. Segue os teste aplicados com duas crianças em idades diferentes que apresentam as mesmas características em suas respostas.



                                          

Referência:
MARQUES, Tania Beatriz Iwaszko. Epistemologia Genética. In: SARMENTO, Dirléia Fanfa; RAPOPORT, Andrea e FOSSATTI, Paulo (orgs). Psicologia e educação: perspectivas teóricas e implicações educacionais. Canoas: Salles, 2008. p.17-26

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