segunda-feira, 11 de dezembro de 2017

Filme: "Como estrelas na terra"

Neste semestre temos como um cenário de estudo o filme “Como estrelas da terra” [1] (produção indiana de 2007, dirigida por Aamir Khan), o filme conta as situações vividas do menino Ishaan Awasthi, de nove anos de idade, em seu processo de escolarização. O menino sofre de dislexia (distúrbio de leitura e escrita), este estuda em uma escola tradicional, onde já repetiu o ano e corre o risco de repetir novamente, seus pais foram chamados na escola, eles acreditavam que o menino apresenta problemas de indisciplina, seu pai o trata com rudez e falta de sensibilidade, decidem manda-lo para uma escola interna. Nesta escola só aumenta a tristeza do menino, pois está separado da família e os professores não entendendo seu problema continuam tratando-o com desprezo, muitas vezes humilhando-o frente aos demais colegas. Com a chegada de um professor substituto de artes, este não é um professor tradicional como os demais, pois não segue rigorosamente as normas da escola. 
O professor Nikumbh é quem descobre a dificuldade de Ishaan, através de um olhar mais específico, e o que lhe chamou a atenção foi a questão da tristeza do menino, onde começa a perceber que seu comportamento não é normal, então Nikumbh decidiu investigar o que Ishan tinha e resolve ir conversar com seus pais e expor o problema, percebe que a dificuldade de ler e escrever não é burrice, mas sim dislexia, este não era um problema desconhecido pelo educador, pois já trabalhava com crianças portadoras de outras deficiências.
A dislexia é uma deficiência de aprendizagem na escrita, leitura soletração entre outros, normalmente as pessoas associam a dislexia, há má alfabetização, desatenção, situação socioeconômica, desmotivação ou baixa inteligência, por estar associada a diversos fatores está deve ser diagnosticada por uma equipe multidisciplinar, pois uma avaliação mais específica gera condições de um acompanhamento efetivo e eficaz das dificuldades apresentadas pelo indivíduo, sendo tratado de acordo com suas particularidades, levando assim a resultados mais consistentes.
O filme nos mostra uma lição de vida, retrata a realidade na qual vivemos, os alunos com diversas deficiências são colocados em escolas normais e infelizmente muitos professores não estão preparados para lidar com as diferenças, o filme ainda nos faz refletir sobre a importância do papel do professor, ao ter um olhar mais atento para seus alunos, sabendo identificar suas dificuldades a fim de encontrar meios e soluções para desenvolver as potencialidades dos alunos no ambiente escolar.



domingo, 10 de dezembro de 2017

A educação multicultural


O Brasil é um pais com uma sociedade multicultural, um território que abriga povos de origens culturais distintas entre si, onde cada cultura possui suas origens históricas e características e estas devem ser respeitadas. As relações entre estas se dá muitas vezes em forma de rejeição, conflitos ou de aceitação e tolerância em relação ao próximo.
Muitas mudanças acompanhamos no decorrer da história, principalmente em relação aos negros, que aos poucos conquistaram seu espaço na sociedade, ainda hoje li damos com o preconceito, principalmente em relação a cor da pele, muitos são classificados por menos favorecidos, como marginalizados e sem condições de viver com a elite.

"A igualdade que queremos construir assume o reconhecimento dos direitos básicos de todos. No entanto, esses todos são padronizados, não são os "mesmos". Têm que ter as suas diferenças reconhecidas como elementos presentes na construção da igualdade."
(CANDAU, 2002 pág. 127-128)

Para fazer a diferença podemos pensar em uma educação que reconheça o outro, onde as diferenças sejam integradas e não vistas como barreiras e sim como complemento de nossa existência, respeitando o outro e suas particularidades.

Referência:
CANDAU, Vera Maria Ferrão. Sociedade, cotidiano escolar e cultura (s): uma aproximação. Educ. Soc.[online].2002, vol. 23, nº 79, pág. 125-161.


sábado, 9 de dezembro de 2017

Método Clínico

Piaget foi auxiliar de pesquisa no Instituto Binet, local onde se trabalhava com escalas para avaliar o quociente intelectual (Q.I), sua tarefa era de aplicar questões para crianças e anotar os acertos e os erros, este material servia de base para a construção de tabelas de uma versão para crianças em teste. Piaget ficou curioso com as repostas dadas pelas crianças e percebeu que crianças de uma mesma faixa etária erravam as mesmas questões. Ao questionar as crianças, constatou que eles ao explicarem seus erros, as respostas eram semelhantes entre si, a partir das característica de seguir o pensamento da criança a partir de suas próprias respostas serviria de base para a construção do método clínico que caracterizou sua metodologia de pesquisa.
O método clínico é um procedimento que visa conhecer as diferentes características do pensamento infantil, investigar como as crianças pensam, agem, percebem, sentem, e constroem suas representações da realidade que a cerca, da forma como o sujeito assimila e acomoda as informações que constrói seu conhecimento, em diferentes idades, avalia o raciocínio e não o que está certo ou errado. 
A diferença do método clínico de outros métodos é a intervenção sistemática do experimentador, diante da situação do sujeito e como resposta suas ações e explicações. A interação do experimentador deve ser flexível e sensível ao que o sujeito está fazendo ou respondendo. 
Na interdisciplina de Desenvolvimento sob o enfoque da psicologia II, fomos convidadas a elaborar uma atividade de aplicação do método clínico, confesso que não é muito fácil de aplicar mas o resultado nos auxilia em avaliar a forma como o aluno constrói seus conhecimentos, nos auxiliando a preparar atividades para atender aos alunos, conforme sua estrutura de pensamento. Segue os teste aplicados com duas crianças em idades diferentes que apresentam as mesmas características em suas respostas.



                                          

Referência:
MARQUES, Tania Beatriz Iwaszko. Epistemologia Genética. In: SARMENTO, Dirléia Fanfa; RAPOPORT, Andrea e FOSSATTI, Paulo (orgs). Psicologia e educação: perspectivas teóricas e implicações educacionais. Canoas: Salles, 2008. p.17-26

terça-feira, 5 de dezembro de 2017

Pedagogia do Encontro

Neste ano de 2017, tive o prazer de presenciar uma palestra do professor e  Doutor em filosofia Gabriel Perissé, a partir de estudos da obra do autor espanhol Alfonso López Quintás, desenvolveu uma proposta chamada Pedagogia do Encontro.
Esta proposta tem haver com a didática e a relação professor/aluno, pensando em uma prática transformadora, de perceber  a sala de aula como um espaço de grandes aprendizagens e de excelente  qualidade educacional. A pedagogia do do encontro tem uma proposta filosófica e humanista, para que esse encontro aconteça é necessário que haja alguns investimentos em ações e atitudes, um entrelaçamento de iniciativas onde requer uma boa vontade, uma gentileza, uma cordialidade, uma capacidade de ouvir o outro atendendo suas expectativas através do diálogo e respeito mútuo. O encontro é uma experiência bidirecional, ensinar numa perspectiva de diálogo é transformar a sala de aula num palco onde somos personagens protagonizantes uns dos outros, uns ao lado dos outros na busca e na construção de valores e de conhecimentos. 

   "Na pedagogia do encontro, procuramos o valor genético do conhecimento. Ou , em outras palavras, experimentamos com os outros a alegria da descoberta pessoal. A sala de aula não é o lugar do tédio nem do excesso de trabalho. É o lugar da criatividade." (PERISSÉ, 2012, pg, 86).

Nesta citação do livro, me faz refletir sobre a prática em sala de aula, onde não devemos apenas chegar despejar conteúdos, como se fosse apenas o que importasse, mas tornar este ambiente num espaço de encontro dos alunos com o professor, dos alunos com os alunos e entre todos com o conhecimento, despertando nos alunos sua curiosidade e sua criatividade, pois o essencial é o desenvolvimento pessoal , onde inclui além do desenvolvimento intelectual o afetivo.

Referência:
PERISSÉ, Gabriel. Pedagogia do Encontro. São Paulo, 2012. Ed. Eureka.

sábado, 2 de dezembro de 2017

Diversidade

Falando de diversidade logo penso em uma construção social, conjunto de valores e diferenças compartilhados pelos seres humanos na vida social, lembrando que as distinções não existem a si mesmas, mas são sempre um produto da cultura, pois ao longo da vida escolar nos deparamos com vários tipos de diferenças como: de gênero, de raça, religião, valores entre outras.
A tendencia de tomar a diferença como inquietação dos valores estabelecidos por um grupo social ou cultural tendem a gerar comportamentos que são prejudiciais no relacionamento entre os indivíduos como preconceito, intolerância e discriminação, por esse motivo acredito ser importante desde de cedo trabalhar  nas escolas com a diversidade, levando os alunos a entender que nem todos somos iguais, que cada cultura, cada ser ser tem sua própria história e sua própria identidade.

[...]"É necessário a promoção do respeito mútuo, o respeito ao outro, o reconhecimento das      diferenças, a possibilidade de falar sobre as diferenças sem medo receio ou preconceito."
         (Orientações e ações, para a educação das relações étnicos-raciais, 2006, pg 23)

Através desta citação  entendo que escola tem um papel importante na formação dos alunos, pensar na diversidade é um processo para a construção da identidade, significando que ela desperta para a criação de valores e atitudes que permitam um olhar e uma reflexão onde ocorra uma melhor convivência e respeito entre todos, obtendo como resposta um pleno desenvolvimento da humanidade.   

E meio as pesquisas que realizei, encontrei uma animação dirigida por Teddy Newton, produzida pelos estúdios Disney Pixar, Dia e Noite, esta animação ilustra muito bem a perspectiva integradora da diversidade, onde os personagens o Dia e a Noite  no primeiro momento se estranham e se tornam rivais por causa das divergências, mas aos poucos eles se encantam pelas características que não possuem. 




Referências:
Ministério da Educação/ Secretaria da Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade, "Orientações e Ações para Educação das Relações Étnico-Raciais", Brasília, SECAD, 2006.

DAY e NIGHT, Sound Design-By D.i.a da Veteran [Browar Country Florida], Disney Pixar, 2012. Disponível em:https://www.youtube.com/watch?v=s7ylQ2Yzajo, ultima visualização em: 02/12/2017.