sábado, 26 de maio de 2018

Escolas Democráticas Eixo VII


Na primeira aula do eixo VII, do curso de Pedagogia á distancia da UFRGS, foi proposto  pela interdisciplinar do Seminário Integrador VII, assistir o curta “Escolas Democráticas”  onde nos mostrou muitas situações do cotidiano escolar, que me levou a refletir sobre o cotidiano   escolar.


                 Dentre várias cenas o que mais me chamou a atenção foi a questão do tempo cronometrado em cada aula, os conteúdos são despejados sem que os alunos possam refletir sobre o que estão aprendendo, o papel do professor é apenas repassar os conteúdos, e estes não tem espaços de trocas e de aprendizagens mais significativas. Os professores trabalham com uma pedagogia diretiva, fica claro o papel do professor tradicional, onde suas aulas são organizadas com as carteiras enfileiradas e afastadas umas das outras, acreditando que apenas eles são responsáveis de produzir algum conhecimento novo nos alunos, onde ele fala e os alunos escutam, acreditando que o aluno é uma tábula rasa, como afirma Becker (2012) “Segundo a epistemologia que subjaz à prática desse professor, o indivíduo ao nascer, nada tem em termos de conhecimento: é uma folha de papel em branco; é tábula rasa.” O aluno então submete-se a fala do professor, deve prestar a atenção, permanecer em silêncio e repetir o que lhe é transmitido.   
          
                       Quanto ao tempo, comparando com a realidade da escola que atualmente atuo, onde há horário que devemos cumprir como lanche, almoço, soninho entre outros que fazem parte da rotina escolar, muitas vezes ao cumprir com a esta rotina não temos tempo para aproveitar e despertar no aluno alguma curiosidade, estamos condicionados a cumprir com horários e regras estipuladas pela escola. Devemos ´pensar em uma escola mais democrática, onde há a participação de todos, sendo este um espaço aberto, abrindo este  para os alunos, pais, professores e demais funcionários, que todos possam opinar, para que haja transformações significativas no ambiente escolar.
              
                        Outra comparação que trago sobre o curta é com o texto de Rubem Alves, que nos fala sobre as escolas que são Gaiolas:


 “Escolas que são gaiolas existem para que os pássaros desaprendam a arte do voo. Pássaros engaiolados são pássaros sob controle. Engaiolados, o seu dono pode levá-los para onde quiser. Pássaros engaiolados têm sempre um dono. Deixaram de ser pássaros. Porque a essência dos pássaros é o voo.                             (Rubem Alves)

                      De acordo com o autor em sua obra, existem escolas que são gaiolas, onde prendem os alunos a um modelo educacional ultrapassado, não dando espaço para o desenvolvimento das habilidades e aptidões dos alunos, podendo prejudica-los.
           Acredito que a mudança comece pelo interesse dos professores em buscar mais conhecimentos, através de estudos e cursos, para que sintam-se encorajados a mudar e aos poucos ir transformando o espaço e o tempo escolar dando mais oportunidades para os alunos, desempenhando um papel de facilitador do processo de ensino/aprendizagem.
Fernando Becker fala no vídeo do TED x UNISINOS, “mais laboratório e menos auditório”, pois hoje ainda há muitas escolas onde o aluno é visto como um repetidor o professor chega à sala de aula e despeja os conteúdos, e os alunos apenas realizam cópias, muitas vezes até decoram conteúdos para irem apresentar um bom desempenho nas avaliações. Já pensando em laboratórios nele o aluno é capaz de se tornar um criador, um produtor sendo um protagonista de sua aprendizagem.

Referências:

Escola- Mais laboratório e menos auditório/Fernando Becker/TED x Unisinos, TED x Talks. Pubricado em 14 de Jul de 2016, disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=xjfKBGIHPjs Acesso em 14/03/2018.

BECKER, Fernando. Educação e construção do conhecimento. 2ª ed.- Porto Alegre: Penso, 2012.

ALVES, Rubem. Gaiolas ou asas? In: ALVES, Rubem. Por uma educação romântica. Campinas: Papirus, 2002, p. 29-32.  








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